segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

10 BRINCADEIRAS QUE RESISTEM AO TEMPO

Com computadores, tablets e smartphones, muitas crianças renderam-se aos jogos eletrônicos, ou mesmo a passar boa parte do tempo em redes sociais como o Facebook. Porém, brincar no quintal, no play do prédio, no parque ou em outros espaços, sobretudo ao ar livre, nunca vai ser uma atividade desprezada pelos pequenos. Muito pelo contrário: algumas brincadeiras resistiram ao avanço da tecnologia e ainda fazem a cabeça da criançada.
1) Pique-esconde
Brincadeiras de esconder são muito comuns mesmo com bebês, não é mesmo? E depois que crescem, o pique-esconde torna-se uma das mais populares. A ideia é simples: um participante de olhos fechados ou vendados, não vê o local onde os demais se escondem e precisa procurá-los. Há também variações, como por exemplo quando os participantes são divididos em dois grupos: alguns se escondem, enquanto outros devem encontrá-los – conhecida popularmente como “policia e ladrão”.
2) Queimado
Uma das atividades esportivas infantis mais comuns nas escolas – e não apenas no Rio de Janeiro. Na brincadeira, o grupo é dividido em duas equipes, cada uma com o seu campo. O objetivo é acertar (“queimar”) um participante do time adversário com a bola e eliminá-lo. Se a criança conseguir pegar a bola, tem o direito de atirá-la em um jogador da outra equipe. Por fim, vence a equipe que conseguir “queimar” todo o time adversário primeiro.
Amarelinha - DENTRO3) Amarelinha
Acredita-se que a brincadeira de riscar o chão para depois pular remeta aos tempos do Império Romano, quando a “amarelinha” (com um percurso bem mais extenso) era usada como exercício de treinamento militar. Assim, crianças da época teriam reproduzido a atividade, claro, reduzindo o trajeto, e acrescentando numeração nos quadrados a serem pulados. Hoje, seja desenhando no chão com um giz, marcando com fita adesiva ou brincando em parques e pátios – onde é possível encontrar o diagrama pronto –, a amarelinha entretém as crianças e ainda proporciona uma bela ginástica! As regras, a quantidade de casas e o formato podem variar bastante neste percurso que vai até o céu (final).
4) Pique-bandeira
Muita agilidade e estratégia estão envolvidas nesse jogo. O grupo é dividido em duas equipes. Cada uma escolhe um campo e coloca a sua "bandeira" no fundo do campo adversário. Um time precisa tentar pegar a bandeira do outro e trazer para o seu campo – sem que seus integrantes sejam tocados pelos adversários. Quem for pego fica parado no lugar até que um colega de equipe se arrisque a salvá-lo (para isso, basta encostar nele). O grupo que conseguir fazer isso primeiro vence.
5) Pular corda
"Um homem bateu à minha porta / E eu abri / Senhoras e senhores / Ponham a mão no chão...”. Quem não se lembra dessa ou de outras canções que embalavam as brincadeiras de pular corda com a turma? Há quem prefira pular corda sozinho, o que também pode ser desafiador – sobretudo quando se aumenta a velocidade e se inclui manobras. E, se pular cordas era um comportamento muito comum na Grécia e na Roma antigas para celebrar a chegada das estações do ano, por aqui esse hábito indica, no mínimo, que quem chegou foi a diversão!
pião6) Pião
Os primeiros piões também remontam à Grécia e Roma antigas, onde eram chamados de estrombos e turbos, respectivamente. Simples e relativamente barato, é um dos jogos infantis mais tradicionais. Geralmente os piões são feitos de madeira com a ponteira de ferro. Nessa brincadeira é possível jogar sozinho ou desafiar um grupo de amigos em diferentes “batalhas”. O bom jogador deve estar sempre atento ao local onde cairá o brinquedo e com qual velocidade.
7) Bambolê
Criado há cerca de 3 mil anos no Egito, o bambolê era feito com fios secos da parreira (planta que produz a uva). Chegou ao Brasil em 1958, feito de polietileno, como é até hoje. A brincadeira consiste em rodar o bambolê nos quadris, nos braços, nas pernas ou no pescoço, sem deixar cair no chão. Uma ótima atividade para desenvolver o equilíbrio e a coordenação motora, trazendo benefícios inclusive para os adultos! E, claro, os bambolês também se adaptam muito bem a outras brincadeiras: basta soltar a imaginação!
8) Pular elástico
É preciso pelo menos três participantes para começar a brincadeira, que tem origem na cultura africana. Dois seguram o elástico, inicialmente preso na altura do tornozelo e que, aos poucos, vai subindo até a canela, o joelho e a coxa – aumentando o nível de dificuldade - enquanto o outro pula. Os saltos são alternados de acordo com sequência estipulada pelos participantes: pode ser com os dois pés em cima do elástico ou fora dele, com um pé só e depois com o outro, etc. Se a criança errar, troca de posição com um dos colegas que estão segurando o elástico, e vence quem chegar mais alto sem cometer erros. Assim como nas brincadeiras com corda, canções podem determinar os movimentos de quem pula.
pipa9) Pipa
Muitos estudiosos atribuem a origem da pipa ao Extremo Oriente. Outros vão além e arriscam dizer que o primeiro voo de pipa foi especificamente na China. A questão é que a pipa chegou ao Brasil através dos colonizadores portugueses e tornou-se um hábito muito comum, sobretudo no subúrbio carioca. Uma folha de caderno ou uma sacola plástica presa a uma linha basta para começar a brincadeira. Coloridas, feitas com papel de seda e varetas, elas podem ter diversos tamanhos e formatos. E lembre-se: não se deve empinar pipas em locais onde houver cabos elétricos aéreos.
10) Bolinha de gude
A brincadeira de bola de gude também chegou ao Brasil trazida pelos portugueses. O nome “gude” vem de “gode”, que quer dizer pedrinha redonda e lisa. Pode-se jogar no chão de terra, cavando buracos (búlicas), ou desenhando triângulos, círculos ou retângulos, dentro dos quais o jogo vai acontecer. Essas formas geométricas também podem ser marcadas em outros tipos de piso. Os objetivos da brincadeira podem variar bastante, mas uma missão é quase unânime: conquistar as bolinhas dos adversários.

Escrito por Fernanda Fernandes